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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Jornalista, profissão repórter


Jornalista, sim senhor(a)!

O que "fazer da vida" para sobeviver com dignidade e respeito ao ser humano que somos, sem nos corromper por míseras moedas, vales para o transporte e a refeição, além de ter que "fazer o que o 'seu mestre' mandar"?    
Nas tribunas operárias, sindicais, redações e canteiros de obra, fala-se mais em garantir a "empregabilidade" do que promover o talento, a criatividade, o gênio nato de cada um, que se revela nas crônicas, representações de mundo editadas em livros, filmes, cds, games etc, pelas mídias convencionais, na internet. A publicidade dá o tom desta sinfonia, que visa o lucro, a otimização de recursos, o desenvolvimento acelerado pelo avanço do capital de mercado.
Trabalho que ao jornalista vocacionado exige muito lapidar, autocrítica, sinceridade e respeito com o público, o povo, que sustenta essa econômia globalizada com o suor e o sangue de seu trabalho, surrupiado em seus altos impostos pagos aos governos, utilizados em falcatruas e corrupção deslavada, que se esvanece em manchetes de jornais escritos, falados e televisionados.

SER PÚBLICO

Jornalista, homem ou mulher, é cidadão público. Seu compromisso "mor" é com a qualidade de vida de seus semelhantes no contexto social da história de seu tempo; compromisso com o "bem viver" em sua casa, a terra. Não deixa de ser utopia este sonho de justiça e liberdade, que me acompanha desde a meninice, tempo do "velho maquinista, com seu boné", época do trem de ferro, da Central do Brasil.

Volto no tempo, sem nostalgia de passado, mas para homenagear meu velho pai, ferroviário de terno, gravata e amor pelo serviço público. Funcionário da Estação de trem, das bilheterias à catraca onde os passageiros atravessavam rumo à plataforma de passagem do trem; um por um, os indivíduos passavam na roleta, onde o Velho Sô Xico picotava cada passagem, com autoridade e simpatia: a palavra corrupção era ave rara. Porém, como disse Camões: "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".

Falar de mudanças e de ética leva-me a citar a filologista e blogueira cubana Yoani Sánchez, que com seu talento de escritora no espaço virtual < GERNERACION Y > foi reconhecida pela Universidade de Columbia em Nova York, com o prêmio mais antigo do jornalismo internacionaol, o prêmio María Moors Cabot. Yoani fala de direitos humanos, liberdade de pensamento e expressão, na pequena ilha de Fidel e del Che, que ousaram enfrentar o imperialismo Yanque, em meiados do século passado, com o enfretamento da Revolução Cubana. A blogueira resiste ao conservadorismo em seu site desde CUBA, que, sob as botas do imperialismo americano, detentor da internet em seus primórdios (final do século 20), acessava a internet pelo link do Canadá; os EUA bloqueavam o acesso. Yoani conseguiu seus 15  minutos de fama, que se multiplicam de modo exponencial na Sociedade da Informação, com a cultura das mídias. Espero que as verdades desta cubana, herdeira dos falsos aparatos bélicos soviéticos, sejam claras e desprendidas dos interesses ideológicos e políticos que alimentaram a idiotice e banalizaram a violência urbana na época da Guerra Fria.

Quanto aos fatos, não há argumentos. No Brasil, depois que o diploma de jornalismo foi abolido pelo Supremos Tribunal de Justiça, com o aval do Ministro do Trabalho, qualquer "persona", seja ela "grata" ou "non grata", pode exercer o cargo de jornalista e contribuir para a banalização das idéias e massificação do consumo.Porém, exercer a profissão de jornalista, de direito e de fato, é outra história, que veremos adiante, nas narrativas que sobreviverem à perda da memória do agora..

Novos tempos, novas esperanças, que @s jovens da geração "babyboom", "Y" e "Z" aprendam a lição de cidadania com poesia de nossa amiga cubana, YOANI SÁNCHEZ que, ao se lançar no espaço público, defende suas idéias, sem se intimidar com os poderes armados. A liberdade e o pensamento dependem da coragem de cada um, tanto quanto a ética. A história se incumbe do veredito final sobre a verdade dos fatos, ao "conferir suas fontes", mais adiante.

Desde os tempos em que o Brasil se chamou PINDORAMA, e os índios, então senhores das terras americanas, sucumbiam ao extermínio, genocídio, praticado pelos colonizadores estrangeiros, em busca do ouro e da prata, a resistência à bárbarie persistiu, seja nos quilombolas e revoltas populares, seja na "pena" de escritores, poetas, músicos, pintores, artustasm jornalistas, pollíticos e cidadãos, que com dignidade e coragem. acreditaram em suas verdades, utopias e sonhos, que, espero, se multipliquem em PINDORAMAS GERAIS.

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