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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Desafios de Lógica : Teste de QI Chinês : Japonês (Jogos)

Desafios de Lógica : Teste de QI Chinês : Japonês (Jogos)
QUEM NÃO É O MAIOR ... TEM QUE SER O MELHOR.

A lógica foi desenvolvida pelos nossos ancestrais como um exercício do pensamento e da reflexão. Matemáticos, astrônomos, astrólogos, geômetras etc as disciplinas se intercarlavam em busca do pensamento certo, exato, quantificável e qualificável.

O link que abre o post é um teste aplicado a muitas empresas no Japão para calcular o QI (Quoficiente de Inteligência) dos trabalhadores; quem comanda é a velocidade do raciocínio, a tranquilidade do indivíduo, a aplicação de seus conhecimentos lógicos.

Mas não basta ser lógico, é preciso desenvolver uma outra inteligência, a emocional, para não sucumbir no estress da disputa, inerente à concorrência no mundo civilizado e aí a parábola do anão David e do gigante Golias funciona: com um budoque (estilingue, atiradeira, estilingue, etc) o pequeno derrubou o grande com uma pedrada na testa. Ato de violência, coragem e lógica.

No entanto se levamos o acontecimento para o seu lugar de ocorrência, veremos uma nova variante lógica a se trabalhar, ou seja, a competência se utiliza da portabilidade da situação, além dos elementos lógiocos da retórica (palavra e teatro), tendo a persuasão e manipulação como recursos de grupos culturais diferenciados, no caso em pauta, o teste de QI Chinês. Ao contrário do ocidental, o cidadão oriental não se valgloria tanto com a vitória, a ponto de publicizá-la, se envaidecer, para ele esta é apenas a consequência da eficácia do método, que "opera sobre a situação" de acordo com a competência adquirida.

A leitura do ensaio proposto no livro de François Jullien: O TRATADO DA EFICÁCIA, tradução de Paulo Neves, da editora 34 Ltda: São Paulo, 1998, abre nossa percepção para o potencial da situação e o despreendimento dos modelos ocidentais, que podem nos enjaular no medo da derrota, .

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A VERDADE FOTOGRAFADA

O repórter fotográfico está diante de uma realidade, que poderá eternizar ou se extinguir com ela; sua única arma é sua câmera fotográfica. Assim muitos jornalistas enfrentam a realidade e seu relato ... e têm que optar pelo silêncio do click fotográfico. A realidade é modificada com a nossa presentidade e às vezes o silêncio diz muito mais que mil palavras:

                                           Kevin Carter, 1993, New York Times.
Carter exercia seu trabalho na cobertura da fome na África. Foi no Sudão em que registrou este instante fotográfico em que um bebê, subnutrido, jaz, quase morto, próximo a um abutre, que o espreita na caça de alimento.
Carter ganhou o prêmio Pulitzer com esta imagem, pouco depois, suicidou-se, aos 33 anos. Não pode se salvar com suas imagens,nem a si e nem a consciência humana, estagnada ante o genocídio pela fome, vizível a ôlho nú nos países miseráveis, pobres e subdesenvolvidos. Segundo informa o blog dos fotográfos do Estado de Minas, acessado em   29/6/2011, o menino da foto sobreviveu :

"O jornal  El Mundo, descobriu que o bebê era um menino, chamava-se Kong Nyong. Segundo o periódico espanhol, a enfermeira Florence Mourin, que coordenava os trabalhos do programa das Nações Unidas para o combate à fome no Sudão, em Ayod, palco desta trágica imagem, o menino era acompanhado, como prova a pulseira branca na mão direita, que se podia ver na fotografia premiada."(Op.cit.).

O autor do texto blogado no jornal de Belo Horizonte   sugere que pensemos sobre o vídeo que recebeu de aumigo, como motivo para reflexão sobre o a consciência no trabalho do fotojornalismo:

"Até quando o fotojornalista pode se omitir de agir contra um ato de violência em busca da melhor foto ou prêmio? "  

A resposta a essa pergunta, formulada pelo blogueiro anônimo do jornal Estado de Minas, pode estar na poesia do mineiro, Carlos Drummond :

                         "A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca."

A consciência é de cada um, embora esteja envolta pelo inconsciente coletivo. Na preservação da memória, os indivíduos fazem a história de seu tempo, documentam a sua época, através de narrativas orais, escritas ou imagéticas e todos têm o livre arbítrio para escolher sua conduta moral, ética, ante a realidade vivida.
Longe da fome na Àfrica e dos cruuéis abutres, perto do coração do mundo, sob os braços abertos do Cristo complacente, a carioquinha Manoela, sobrinha neta da gema, indaga a existência com o olhar de ver meticuloso do fotográfo, que vê para além das lentes a imagem, no instante em que ela é.
Crianças, poetas, loucos e animais podem se apossar do "Eu" da coisa, do "instante em que ela é", como diz o poeta portugues Fernando Pessoa.
Como na cena fotográfica, o ser é o instante em que é:

LEVE, LEVE, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.

[PESSOA, Fernando. O EU PROFUNDO E OS OUTROS EUS: "O GUARDADOR DE REBANHOS (1911-1912) - XIII",
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 26º impressão, 1996. Pág. 148]. 


 Evoé, Veruska!  nossos netos estão chegando....com olhos de "BemVirá"